sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

"Dead Like Me" ou a traduçao bizarra de "A Morte Lhe Cai Bem"

Ok, sei que a série é um pouco antiga. Entretanto, recentemente assinei a Netflix (não é propaganda e não estou sendo paga pra postar isso) e encontrei essa série por lá. Ela é de 2003, 2004.


A ideia é bem simples e, por isso mesmo, funcionou. Georgia (que prefere ser chamada de George) é uma adolescente de 18 anos de idade que só começa a descobrir o sentido da vida depois que morre. Como assim? Calma, já explico. Morta por um assento de privada de uma estação espacial que se desintegrou quando voltou para a Terra (humor negro, minha gente), ela acaba se transformando numa ceifadora, o que seria quase como a "morte". No entanto, no seriado, ela não mata as pessoas, apenas se encarrega de marcá-las para morrerem e pegar suas almas.

Recheado de humor negro, o seriado é muitas vezes melancólico, mas sempre nos leva a refletir sobre nossas próprias vidas e sobre o que queremos. A personagem principal, quando viva, não tinha vontade de fazer nada, vivia mal humorada, emburrada e não se relacionava com ninguém. Ela passou pela vida quase como se tudo fosse um grande "tanto faz" para ela. Depois de morta, porém, começa a se dar conta de todas as oportunidades que perdeu e de tudo o que poderia ter feito e não fez.

Por mais contraditório que isso possa ser, o trabalho de ceifadora, para ela, acaba quase como sendo uma segunda chance de continuar vivendo. Os vivos a veem com um aparência completamente diferente da que ela tinha quando viva e isso permite que ela viva, coma e até possa trabalhar para pagar suas contas... sim porque, aparentemente, o trabalho de ceifadora é obrigatório e "voluntário"... rsrsrs.

Juntamente com um grupo de outros ceifadores, que se reúnem todos os dias numa lanchonete, ela recebe um post it, apenas com as iniciais do nome da pessoa, o local e hora da morte... e tem que ir lá tocar em alguma parte do corpo da 'vítima', para que possa retirar sua alma e encaminhá-la para o além mundo.


Claro que nem tudo é fácil e nem as mil maravilhas. Muito pelo contrário! Ela tem que lidar com todos os inconvenientes de estar ainda no nosso "plano" e, ao mesmo tempo, estar morta para sua família.

Interessou? Então, dê uma chance para ela e assista alguns capítulos. Não é uma das melhores séries que já vi, mas é um bom passatempo enquanto as temporadas não voltam nessa virada de ano.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Razões para assistir e amar "The Good Wife"

Um dia, um colega de trabalho me perguntou quantas séries eu assistia naquele momento. Respondi que acreditava ser umas dez e achava mesmo isso. Como ele duvidou, dizendo ser muito mais, resolvi fazer uma lista. Parei depois que cheguei ao número vinte e cinco. Dias depois, passei em frente a uma loja, numa galeria do bairro de Santana, na qual vendia seriados. Parei e notei que, 90% dos seriados, ou eu assisti em algum momento da vida, ou estava assistindo atualmente. Aí, veio aquela epifania da constatação (ouvi até o som das trombetas ao fundo): sou viciada em séries de TV. Mesmo os filmes, que sempre achei que eram minha paixão, ficam atrás quando se trata delas.


Como texto para abrir esse blog, nada como a minha série favorita (do momento, claro!): The Good Wife. A história da mulher do político traída tinha tudo para ser um roteirinho sem sal, se não fosse pela força e simpatia de Julianna Margulies, no papel-título de Alicia Florick. A atriz cresceu muito desde E.R., creio que está até mais bonita. Dona de um olhar muito expressivo, conseguiu transformar a sátira Clinton em seis bem sucedidas temporadas.

Veja bem, não estou menosprezando o roteiro porque é uma das melhores coisas da série. Principalmente, por conta dos ganchos deixados nos últimos capítulos das temporadas. Muito menos, os excelentes atores que fazem os personagens tão ambíguos e adoráveis. Deixo aqui o devido crédito para Alan Cumming, dando vida ao chefe de campanha filho da p&%$, Eli Gold, e que a gente acaba adorando ao longo da série. (Me assustei quando me dei conta de que ele interpretou o Noturno do filme X-Men 2!) É incrível como o papel do Eli "lhe cabe na mão como a luva".

No entanto, Alicia é a rainha de gelo da história e a estrela. Uma mulher traída, amargurada e julgada por toda a sociedade, que precisa se tornar fria o suficiente para se reerguer do vexame público e sustentar seus filhos. No começo, apesar de todos os pesares, vemos uma mulher frágil, cambaleante, que sempre esteve à sombra do marido. Conforme as temporadas vão passando, a transformação e a complexidade dessa personagem vão crescendo a tal ponto que ela praticamente "ganha asas". É como a borboleta que começa dentro do casulo e vai ganhando forças para se libertar. Essa é ela e quem ela se torna e é a força motriz e o que faz esse seriado ser tão único e de qualidade. Mesmo sem ter passado por uma situação como a dela, a gente se vê na personagem, nos identificamos e crescemos também com ela. Na última temporada, entra em jogo uma série de questionamentos sobre ela mesma e sobre seus valores. Quem nunca viveu isso?


<SPOILER> Se você chegou na última temporada, também se surpreendeu com a perda importante do personagem Will Gardner (Josh Charles), que fazia o triângulo amoroso principal da trama. Para quem duvidou que sobreviveriam a isso, tá aí todos os outros capítulos que nos provaram que a produção é apoiada em excelente roteiristas e que a série pode caminhar (e muito bem) tendo uma reviravolta assustadora no caminho. Nada comparável ao famoso "Casamento Vermelho" de Game of Thrones, mas isso é outra história. Ou melhor, série.

Para aqueles que ainda não se convenceram, ainda tem Michael J. Fox (De Volta Para o Futuro), num personagem tão "fdp", que usa até sua deficiência física sua para tirar vantagem, como advogado, nos julgamentos. Para quem não sabe, o ator sofre mesmo do Mal de Parkinson desde 1991 e usaram isso na história. De maneira brilhante que o fizeram, só me faz dar mais créditos para ela. Resta agora saber se o novo personagem, Finn Polmar (Matthew Goode), que colocaram para movimentar a trama, terá a força e o carisma de Will. Também ainda não definiram muito bem o que ele representará para Alicia. O jeito é aguardar o que a próxima temporada nos trará.

E aí? Convencido?

Para mais informações sobre a série, aconselho a procurar na "bíblia". Segue o link AQUI.